terça-feira, 23 de março de 2010

Vanessa

A mão do rapaz tremia escandalosamente enquanto levava a boca mais um gole de Whisky. Odiava aquela bebida, na verdade odiava qualquer tipo de bebida alcoólica, mas hoje abria uma exceção. Sempre fora um rapaz pacato, sensível, delicado, correto, um homem de paz. Não mais!!! A vida o havia fodido de todas as maneiras possíveis, ele perdera o emprego, não poderia mais se manter na faculdade e para piorar tinha aquela maldita. Sim, a maldita! Namoraram por uma ano! Um ano! Mas ele nunca tocara nela. Afinal ela era uma virgem e queria se guardar até o momento de ter certeza. Mas isso nunca o incomodou, tinha orgulho por ter uma mulher assim. Lembrava-se de passar horas, admirando a virtude e o caráter da espertinha. Sou um homem de sorte! Repetia para si mesmo como um mantra....Bah!!! O sonho continuou por muito tempo, como era delicada como era linda, como era honesta, perfeitíssima, mulher virginal..............Tudo era perfeito até que a pegou trepando com o seu melhor amigo. É, vida de merda...........Conhecia o marginal desde a infância, considerava-o um irmão. Quando tinha problemas contava com ele, e o amigo sabia que o sentimento era recíproco, de certa forma, ele também o amava, amava o quanto se podia amar um amigo, um irmão. Entrar no quarto e dar de cara com a bunda de um irmão fraterno subindo e descendo em cima de sua namorada não era uma cena fácil de se esquecer. "Foi amor....." Essa foi a única maldita justificativa que aqueles cretinos foram capazes de dar........E ainda teve que aguentar o amigo restante comentando: "Cara, tu devia ter dado no meio daquela mina faz tempo! Tu demorou pra dar no coro, e se fudeu. É o que acontece quand a gente enrola demais".
Era por tudo isso que estava aqui hoje. Olhara umas quatro meninas a noite inteira, outras duas haviam se aproximado dele, mas faltava-lhe coragem......Ele se odiava por isso. Enfim, talvez fosse melhor mesmo só encher a cara e ir embora.......Droga! também não tinha vontade de encher a cara, estava segurando o mesmo maldito copo desde qeu chegou. Passara a maior parte do tempo girando o cpo e contemplando o movimento que o líquido fazia dentro dele.
Estava completamente absorto em seus pensamentos quando elas se aproximou e puxou uma cadeira do seu lado..... "Pé da namorada não é?" A voz suave e meiga deixou sua garganta. "Mais ou menos" o rapaz respondeu com insegurança. "Você é bem diferente dos caras que costuma vir aqui, primeira vez?!? Ele cuspiu o pouco de bebida que tentara levar a boca, suas face ficou vermelha e os tremores aumentaram.
A moça garagalhou copiosamente. "Eu quis dizer a primeira vez na casa! Mas tudo bem, esse será o nosso segrdinho!" Ela era uma mulher bonita. Possuia a pele extremamente branca pálida como a luz da lua, e a cor da sua pele tinha ainda maior destaque em contraste com seus cabelos muito longos e negros, seus olhos eram de um azul profundo, daqueles que faz um homem ter medo de olhar. A blusa bem decotada, exibia o par de seios fartos, que assim como seu rosto eram cobertos por belas sardinhas. Para aumentar a fantasia, ao contrário do que os seus preconceitos lhe diziam, ela tinha um papo bem interessante, ela o fizera rir e o relaxara. Por um bom tempo ele esqueceu do seus amigos e até mesmo da bunda de seu amigo subindo e descendo.
Era tudo uma fantasia, ele sabia! Mas naquele momento isso não importava, naquele instante a fantasia era melhor do que a realidade, e ela abraçou o sonho e mergulhou nele, como uma criança se abandona nos braços do pai.
Naquele momento eram só le e aquela bela mulher, era só o que importava, Ele aproximou-se dela suavemente e beijou-lhe a fronte de forma fraternal. Ela retribuiu-lhe com um sorriso que ele não sabia explicar o que significava. Com delicadeza ela o puxou pela mão e o levou para o quarto em cima do estabelecimento. Era um corredorzinho estreito iluminado apenas por uma luz vermelha, lembrava-se de ter tropeçado algumas vezes. Pelo caminho pudera ouvir o barulho da luxúria saindo de vários quartos diferentes, alguns, na pressa esqeuceram a porta aberta. A mocinha o levou para um comodo no fim do corredor, ela abriu a porta e entrou primeiro, ele reuniu a pouca coragem que o restava e foi atrás. Com a sutieza que somente uma mulher pode ter ela beijou-lhe o pescoço devagar e foi descendo pelo seu peito enquanto abria a camisa. O rapaz sentia cada pêlo do seu corpo se eriçar enquanto um arrepio cortante transpassava sua espinha. Ele estava tenso. Ela sem dúvida percebeu e lhe deu um sorriso quase maternal, pedindo para que se acalmasse. Embriagado pelo momento entorpecente ele se entregou completamente a fantasia e a beijou os lábios. Imaginou que ela o amava, o amava como nenhuma mulher já havia amado em toda sua vida, e ele a amava também. Enquanto suas línguas se tocavam naquele momento mágico, sua mão deslizou carinhosamente pela pele branca, e tocou-lhe o farto seio direto massageando-o suavemente. Os dois corpos cairam na cama entrelaçados e entregues a paixão e a volúpia, cada gritinho, cada vez que seu nome era pronunciado só faziam acentuar o desejo. Dentro dela ele sentiu-se pleno,completo, feliz,como se ali fosse o seu lugar, tudo poderia acabar naquele instante, ele não dava a mínima sentiasse livre! Beijar-lhe a boca, tocar-lhe a pele era como flutuar, em um mundo de sonho, não sentia o chão sobre seus pés nem podia ver o céus sobre sua cabeça. A mágica durou apenas algumas horas mas sentiasse feliz. Ele não livaga mais para a namorada, o emprego ou o ocorrido. Era um emprego de merda mesmo, e agora poderia procurar algo melhor..........Quanto a Sabrina, haaaaaaa ele nem gostava dela tanto assim, pelo a decepção podia ter sido maior. Ele não se sentia mais inseguro, ou com medo. Nâo precisava mais sentir vergonha por seus valores, ou por ser pacato ou de paz. Ele era um homem correto e bom, o que é raro hoje em dia. Sentia-se um homem, e toda a virilidade e força que a palavra HOMEM representava corriam agora em suas veias. Sabia que sua vida precisava mudar. Levantou-se e entregou o dinheiro, ela aceitou apenas metade. A mulher despediu-se com uma piscadinha. Ele já estava no meio do corredor, e sabia que jamais a poderia ver novamente, mas precisava saber uma coisa, para se lembrar da fantasia da experiência, subiu correndo pelas escadas e perguntou-lhe o nome. Ela mais uma vez mostrou o belo sorriso e respondeu com ternura

Vanessa.

5 comentários:

  1. muy amigo esse caboclo! e o pior é que o nosso herói ainda tem que ficar ouvindo gracinhas.
    Adorei como isso foi escrito, sendo lascivo sem ser muito explícito de uma forma grosseira,há uma certa classe, sendo na medida do possível algo romântico

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  2. Romantismo em processo de transição pra um Realismo.

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  3. Eu diria:


    puta que pariu, que texto que você pariu!!

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  4. please!! queremos novos texto,é uma obrigação sua com seus fieis seguidores postar novos textos após a semana do inferno

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